Você conhece o Alphonse Mucha? “Ele” está em Tóquio!

Uma das atrações deliciosas de Tóquio, aliás do Japão inteiro, são os museus de arte, fotografia e tudo mais.

Aqui, eu vi uma exposição do Salvador Dalí (no Museu de Arte de Ueno), outra do Mario Testino (no Museu de Fotografia de Tóquio, em Ebisu), os girassóis de Van Gogh e as pinturas de Perugino (no Museu de Arte Sompo, em Shinjuku) e, agora, a belíssima obra de Alfons ou Alphonse Mucha (no Museu de Arte Mori, em Roppongi).

Aposto que muita gente nunca ouvi falar nele. E eu confesso que também não. Gosto de arte, mas sou totalmente leiga, e só conheço os artistas populares. Picasso, Cézanne, Van Gogh, Dalí, Monet e por aí vai.

O Mucha nasceu na República Tcheca, em 1860, era designer gráfico, e é famosíssimo para os entendidos do assunto, que devem torcer o nariz quando alguém diz que não o conhece.

Afinal, ele é o pai da Art Nouveaux!

No blog “Turismo em Praga e em outros lugares da República Tcheca” tem um texto que conta direitinho a interessantíssima história dele. Leia aqui.

Mucha morreu em 1939, e 74 anos depois ganhou mais uma admiradora: euzinha (^_^)v

Nunca é tarde para aprender e conhecer, não é mesmo? E acho difícil alguém não se encantar com pelo menos uma obra dele.

A exposição “Alphonse Mucha: An Insight into the Artist” fica no Museu Mori, no 52º andar do Roppongi Hills, em Tóquio, até 19 de maio. O ingresso custa 1.500 e vale cada centavo, ou melhor, cada iene! Informações em inglês aqui.

São 240 obras, que mostram o trabalho dele como designer gráfico (ele fazia rótulos e embalagens de produtos, cartazes de teatro etc), pinturas de diferentes técnicas e estilos (amei as litografias!), fotografias, parte dos vitrais (ma-ra-vi-lho-sos!) da Catedral de São Vito, de Praga, e até joias.

O museu ainda exibe um vídeo num telão, que mostra algumas obras gigantescas, da Epopeia Eslava – uma das mais importantes da carreira dele –, que não estão em Tóquio.

Tem algumas informações em inglês, mas muito mais em japonês. E no final, como sempre acontece no Japão, o visitante inevitavelmente vai parar numa lojinha que vende mil e uma lembrancinhas e lembrançonas do Mucha.

De cartão-postal de 200 ienes, se lembro bem, a quadros de 1.200.000 (esse valor eu não esqueci!). Tem ainda adesivos, cadernos, calendários, pulseirinhas, prendedores de cabelo, sacolas, bijuterias, tudo personalizado.

Eu e o namorado voltamos para casa encantados e com a reprodução de uma das obras, chamada “The Moon”, que nos custou mais ou menos 3.000 ienes. Mas a vontade era de comprar quase tudo (pulserinha, sacola, bijuteria e cia não; quadros, postais, calendário e cadernos sim) e de visitar o Mucha mais uma vez!

Em tempo, 1.500 ienes = 30 reais; 200 ienes = 4 reais; 1.200.000 ienes = 24.200 reais; 3.000 ienes = 60 reais. Aproximadamente, né :p

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Sayoonara, inverno! As ameixeiras estão floridas!

Todo ano é assim. Meus olhos se enchem de brilho quando vejo as primeiras flores de ameixeira, no mês de março.

É um sinal de que o inverno está acabando e, portanto, de que a primavera vem aí (^o^)/

Nesse final de semana, fui ao Festival de Ume梅まつり (ameixa japonesa), no Okurayama Bairin 大倉山梅林 ou Okurayama Plum Park, em inglês, na cidade de Yokohama.

Vi muitos japoneses sentados na grama, curtinho o dia ensolarado e apreciando as belas árvores floridas – que parecem SAKURA (cerejeiras), mas não são!

Eu também curti. Que delícia passear sem casaco e sem blusa de lã pela primeira vez no ano e, ainda, numa paisagem tão linda!

Também experimentei o famoso AMAZAKE甘酒, pela primeira vez (na vida e não no ano).

Tem cara e textura de Neston!

Mas traduzindo ao pé da letra, é um saquê doce.

E nas palavras da Wikipédia “é um vinho de arroz japonês doce, de teor alcoólico baixo, fabricado pela fermentação do arroz”.

Muito gostoso e, como quase tudo no Japão, dizem que é saudável e nutritivo.

Quer mais informações, vídeo e fotos sobre o Okurayama Bairin? Clique aqui.

Prefere foto e receita de amazake? Clique aqui.

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Terremoto e tsunami no Japão: 2º aniversário da tragédia

Onze de março de 2011 é uma data muito triste para os japoneses. Nesse dia o Nordeste do país foi devastado pelo tsunami que chocou o mundo inteiro.

Hoje, dois anos depois, é dia de lembrar que as vítimas e sobreviventes ainda precisam das nossas orações. E que o país ainda está lutando para se recuperar.

Eu escrevi sobre a tragédia, nas vezes em que eu visitei a região mais atingida aqui no blog:

Terremoto e tsunami no Japão                                     http://www.meujapao.com/2011/03/terremoto-e-tsunami-no-japao/

De volta ao litoral de Miyagi                                                 http://www.meujapao.com/2011/03/de-volta-ao-litoral-devastado-de-miyagi/

Tsunami no Japão: 1º aniversário da tragédia http://www.meujapao.com/2012/03/tsunami-no-japao-o-1o-aniversario-da-tragedia/

Tsunami no Japão: 1º aniversário da tragédia (parte 2)http://www.meujapao.com/2012/03/tsunami-no-japao-1o-aniversario-da-tragedia-parte-2/

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Espetáculo da natureza no inverno de Hokkaido

Editado 2 dias depois
(de vermelho, para vocês não terem que ler tudo de novo! Haha…)

(Recadinho: para compensar o meu sumiço, eis um post que vale por dez! Eu acho né :p)

O inverno de Tóquio é frio, mas dificilmente chega a zero grau e quase nunca registra temperaturas negativas.

Pois é, neve é um evento raro na capital japonesa! Aqui, neva uma ou duas vezes por ano. Ou nem isso.

Então, o meu namorado – que é alemão e, portanto, está acostumado ao frio – resolveu me apresentar ao “inverno verdadeiro”, como ele costuma dizer.

Partimos para Hokkaido 北海道 na manhã de sexta-feira, 8 de fevereiro. Desembarcamos às 13 horas – depois de uma hora e meia de voo – no Aeroporto Tokachi Obihiro とかち帯広, onde a nossa aventura começou.

Ao contrário do que todo mundo que conhece o Japão imaginou, não fomos para Sapporo, que é a capital do estado/província Hokkaido, no extremo Norte do arquipélago, e sede do festival de neve mais famoso do país e, quiçá, da Ásia.

Sei que as esculturas gigantescas e incrivelmente bem esculpidas deste festival são lindíssimas, mas, desta vez, queríamos apreciar o espetáculo da natureza e não do homem.

Em Obihiro, mais ou menos na região central, partimos de carro rumo ao nordeste do estado/província.

Tínhamos reservado um hotel para aquela noite, na cidade de Abashiri 網走, na costa do Mar Okhotsk オホーツク海, e outro, para a noite seguinte, na cidade de Kushiro 釧路 – já na região sudeste.

E o voo de volta estava marcado para 20h30 do domingo, 10, no mesmo aeroporto por onde chegamos.

Recapitulando e resumindo, nosso trajeto era: Obihiro (centro), Abashiri (nordeste), Kushiro (sudeste), e Obihiro (centro).

Fora isso, não planejamos nada!

Paramos aqui e acolá, seguindo apenas a nossa intuição e o mapa que recebemos da Orix Rent-A-Car, onde alugamos o “nosso” Corolla preto, com tração nas quatro rodas, e uma vassourinha para tirar o excesso de neve quando fosse necessário. E eu achando que era para limpar o tapete do carro!

Detalhe: a placa era de Kitami 北見, cidade onde eu faria homestay, anos atrás! Mas depois de comprar um casaco (esse bege da foto) e contar para Deus e o mundo que eu iria pra lá, a escola de japonês cancelou a viagem.

Ao todo, foram mais ou menos 600 quilômetros de estrada, toneladas de neve, temperaturas variando de 12 graus negativos a zero grau, veadinhos saltitantes à beira da estrada, rios e lagos congelados e muito mais. Que delícia (^o^)/

Ficamos felizes até mesmo com a desagradável tempestade de neve que encaramos na estrada, na sexta à noite, perto das montanhas, onde nem o celular funcionava. Deu medo, mas foi uma experiência incrível!

E especialmente para vocês, selecionei 7 paradas e passeios que eu (super)recomendo, não necessariamente nesta ordem:

1 – Lago Nukabira ぬかびら池

Para chegar até ele, foi preciso caminhar floresta adentro (felizmente, existem trilhas muito bem sinalizadas com placas e fitinhas rosa-choque), afundando os pés na neve tão branquinha e fofinha quanto açúcar confeiteiro.

O lago estava congelado, claro. E lá, pela primeira vez, vi gente pescando no gelo. Como a minha amiga Priscila disse, até então, eu só havia visto isso nos desenhos do Pica-pau!

No terceiro dia, vimos mais gente pescando no gelo, porém, mais de pertinho e num rio congelado qualquer. Que coragem!

 

2 – Mar Okhotsk + Porto de Abashiri + Navio quebra-gelo

Esse passeio exige sorte. Não basta planejar, mesmo sabendo que a temporada vai de 20 de janeiro a 31 de março (inverno no Japão, claro), pois de uma hora para outra o tempo muda e o tour pode ser cancelado.

Também é difícil prever se haverá placas de gelo flutuando ou não. Se entendi direito, elas podem ser levadas (desmanchadas também?) pelo vento. Sei lá!

Tivemos sorte pela metade. O tour das 9h30 – o primeiro dos cinco do dia – foi cancelado por causa do vento fortíssimo. Então, fizemos reserva para o das 11h, rezando para que o vento desse uma trégua.

Felizmente ele deu, e um dos tiozinhos organizadores gritou para deixar todo mundo feliz: “O navio vai sair!” E, em seguida, completou meio tímido: “Mas não vai dar para ver o gelo”.

Compramos o ingresso mesmo assim, afinal, a paisagem é lindíssima de qualquer maneira. E apesar de não ter placas enormes de gelo, havia plaquinhas e vestígios das placonas :p

E como os japoneses sempre nos surpreendem com a honestidade e organização, tivemos um desconto razoável no ingresso – que é bem caro, se comparado com as demais atrações turísticas do Japão.

O preço normal é 3.300 ienes (quase 70 reais), mas sem gelo eles cobram 2.500 ienes (mais ou menos 52 reais).

Para sobreviver ao frio, caprichamos na produção: gorro/máscara “de assaltante”, gorro de lã e capuz. Sim, os três juntos! Além de luvas, da blusa e da calça térmica por baixo da calça de esqui, da blusa de lã, e do casaco mais quente do meu guarda-roupas.

A calça e as luvas eu confesso que comprei especialmente para esta viagem e certamente não terei oportunidade de usá-las em Tóquio.

 

3 – Pôr-do-sol no Lago Shirarutoroシラルトロ湖

Dessa vez, a sorte estava 100% ao nosso lado. Nem sabíamos que o pôr-do-sol ali era lindíssimo (lembrem-se de que a blogueira aqui não é fotógrafa de verdade!), muito menos programamos chegar minutos antes do espetáculo.

Queríamos ver (mais) um lago qualquer e este estava no nosso caminho. Vimos dois carros parados, e paramos também.

Os japoneses não desceram e achei que eles estavam esperando a hora certa de fotografar o pôr-do-sol.

Até que um deles saiu do carro com um par de binóculos e matei a charada: Eles estavam esperando algum bicho e não o sol!

Imaginei que fossem pássaros, já que o povo daqui adora observar e fotografar aves, mas fiquei mais feliz quando vi um bando de veadinhos atravessando o lago saltitantes!

Era isso! E os japoneses deviam saber que os danadinhos aparecem quando o sol começa a se esconder.

Pena que não tínhamos uma lente tão poderosa como a do rapaz do outro carro. Certamente, ele tirou fotos ótimas, não tão distantes quanto as nossas m(_ _)m

Afinal, o lago é enorme e não dava pra chegar mais perto dos bichinhos. Quer dizer, dava, mas seria preciso andar bastante sobre o lago congelado e nem cogitamos isso!

 

4 – Parque Nacional da “Garça” Japonesa 丹頂鶴自然公園

Tsuru é o nome japonês da ave símbolo do Japão. Ela está presente em ditados populares, lendas, na logomarca da JAL (Japan Airlines), entre outras coisas, e é uma das figuras preferidas de quem faz origami por aqui.

Para vocês terem ideia de como ela é especial, no trágico tsunami de 11 de março de 2011, os japoneses homenagearam as vítimas com milhares (milhões?) de garças de origami.

Por isso, achei estranho ver o parque supervazio. Seria baixa temporada? Ou simplesmente porque no interior de Hokkaido, ao contrário de Tóquio, todos os lugares estão sempre vazios?

Pagamos 1 mil ienes (em torno de 21 reais) para vê-las em cativeiro, apesar de sabermos que existem muitas soltas naquela região. Mas assim não corríamos risco de um desencontro, né!

Elas são lindas e bem maiores do que eu imaginava.

Me sinto privilegiada por ter visto dezenas de tsuru tão de pertinho!

 

5 – Cachoeira Fumbe ふんべの滝

Não pus fé neste passeio. Afinal, sou mineira e sei que as quedas d’água do Japão são muito chinfrins perto das de Minas Gerais. E eu já havia visto uma cachoeira congelada na cidade de Nikko日光, não muito longe de Tóquio.

Mas que surpresa! Fiquei boquiaberta com a beleza da danada da Fumbe! Ela fica numa curva, na estrada que beira o oceano pacífico, quase na pontinha sudoeste da província – mais um pouco e chegaríamos ao Cabo Erimo 襟裳岬!

No mapa de Hokkaido no comecinho do post, reparem o ponto D, que marca o local da cachoeira.

Parte da queda d’água estava congelada, outra não. As rochas por onde a água caía ou se transformava em esculturas de gelo naturais, acompanha a curva e é difícil para amadores, como eu, fotografá-la por inteira.

A Fumbe fica numa cidade chamada Hiroo 広尾.

E descobrimos que é lá que o Papai Noel japonês mora! Demos uma bisbilhotada de longe na Hiroo Santa Land 広尾サンタランド, mas desta vez, achamos que não valia a pena visitar o bom velhinho.

Detalhe: Santa-san é como os japoneses chamam o Papai Noel. Vem do inglês, Santa Claus.

 

6 – Céu estrelado

Isso mesmo! Não deixe de parar um pouquinho, descer do carro e olhar para o céu – durante quanto tempo o frio permitir. É lindo e em Tóquio, eu não consigo vê-lo assim.

Não tenho provas, pois não fotografei. Mas eu juro que é lindo!

 

7 – Ruínas de Hokuto 北斗遺跡

Vimos apenas pontinhas das ruínas, porque elas estavam quase completamente cobertas de neve. Mas se me dessem a dificílima missão de escolher o passeio preferido, este teria grandes chances!

A primeira foto do post, que mostra a blogueira aqui deitada na neve, é de lá. O caminho até as ruínas é lindíssimo!

Após uma cansativa caminhada na neve – eu até sentir calor! – chegamos ao alto do morro, e fomos presenteados com uma visão panorâmica da floresta, da estrada e das ruínas “enterradas em dunas de açúcar confeiteiro”.

A trilha estava cheia de pegadas e até de cocô dos veados! E eu fotografei, claro!

O Museu, que fica ao pé do morro, e conta a história das ruínas, estava fechado. Mas encontramos dois turistas (ou nativos?) que foram até lá para praticar caminhada na neve, com aqueles calçados especiais que parecem esqui.

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Quem conhece Hokkaido, poderia perguntar: Se vocês estavam tão pertinho de Shiretoko 知床, aquele “chifrinho” no lado direito do mapa, por que não foram até lá?

A ideia inicial era dirigir até o Parque Nacional de Shiretoko no sábado. Mas a tempestade de neve na chegada de Abashiri – que resultou em voos cancelados na noite de sexta-feira – nos fez desistir.

Com a foto abaixo dá para vocês terem ideia de como é dirigir à noite, sob neve forte né?

E sabíamos que o passeio neste Parque, uma das áreas mais remotas do Japão, é restrito nesta época – exatamente por causa do excesso de neve e do vento fortíssimo. Quem sabe não tentamos no verão?

Pelo menos encontramos um casal de nativos de Shiretoko e eles nos deram uma ideia de como é morar lá: “Sempre tem veados e outros bichinhos fofos dormindo no nosso quintal. Já fomos ‘visitados’ até por um urso!”

A equipe do Globo Repórter já esteve lá e apelidou a reserva nacional – considerada uma das mais bonitas do Japão – e patrimônio da humanidade, de “parque do fim do mundo”. Confesso que me senti no fim do mundo, mesmo sem chegar a Shiretoko!

Quando chegamos em Abashiri, à noite, estava assim:

E na manhã seguinte, em frente ao hotel, assim:

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Faltaram comidinhas gostosas!

Amei tudo e espero ter outras oportunidades de explorar Hokkaido. Só lamento não ter saboreado comidinhas típicas gostosas.

Os famosos caranguejos de lá – sonho de consumo do meu estômago! – não são facilmente encontrados como eu imaginei. Na capital Sapporo, como me disseram, sim. Mas nas cidadezinhas por onde passamos, não.

Até encontrei alguns restaurantes legais, mas os de Abashiri estavam lotados – havia dezenas de ônibus de turistas no porto de onde sai o navio quebra-gelo – e o que escolhi em Kushiro serve caranguejo sim, mas naquele dia não tinha. Pelo menos tinha um polvo delicioso, ufa!

O tal peixe típico, que pelo que entendi é uma espécie de arraia, era bem ruinzinho. Bem diferente da arraia maravilhosa que eu comi no Piauí!

O guaraná japonês – exclusivo de Hokkaido – foi uma decepção ainda maior! Experimentamos três marcas, e ainda não sabemos qual delas é a pior: Kirin Guaraná キリンガラナ(gosto de Red Bull superdoce), Hokkaido Guaraná 北海道ガラナ (gosto de xarope), Co-up Guaraná コアップガラナ(gosto de outro xarope).

Em Kitami, encarei um lámen só porque na foto havia camarões enormes. Pena que a realidade era bem diferente! Por sorte, o caldo estava uma delícia e os bichinhos, apesar de pequenos, também!

Ironicamente, o mais gostoso de tudo foi o frango frito da loja de conveniência local, chamada Seico Mart! Humm…

Lição gastronômica da viagem: caranguejo gigante ズアイがにé comida típica de Hokkaido sim, mas não é encontrado em cada esquina do estado (eu só vi em fotos, como esta abaixo que “roubei” do Google). Cidades pequenas têm restaurantes bons sim, mas é preciso fazer reserva, pois pelo visto, eles não têm estrutura para receber muitos turistas.

E por falar em turistas, vimos muita gente apenas no porto de Abashiri. No restante da viagem, encontramos apenas gatos (e carros) pingados – aliás, deu para perceber que o transporte público é pouco usado por lá. Depender de ônibus e trem para passear deve ser um transtorno!

Sem carro, deve ser melhor ir para Sapporo! E imagino que os turistas estavam todos lá!

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Gyoza e trem-bala: duas paixões em um dia

Que eu amo o Japão todo mundo sabe. Que eu amo o trem-bala todo mundo sabe. Ou não? Mas vocês ainda não sabem que eu amo gyoza!

Nem acredito que nunca falei dessa delícia aqui no Meu Japão!

Talvez porque eu tenha comido o melhor gyoza do Japão, pela primeira vez, só agora. E espero que não seja a última. É gostoso “demais da conta” como a gente diz lá em Belo Horizonte – ou Beagá para os íntimos.

O gyoza é, na verdade, um prato chinês. Mas foi muito bem incorporado pelos japoneses e está por todo canto do Japão. Felizmente!

E dizem que o melhor gyoza do país está em Utsunomiya, uma cidade que fica a 50 minutos de trem-bala de Tóquio.

Na estação de trem de Utsunomiya, está a “Gyoza Town”, com vários pequenos restaurantes especializados nesta guloseima.

Escolhemos um que serve porções com 12 recheios diferentes: carne (o tradicional), cogumelo, camarão, queijo, nira (alho japonês), shiso (uma folhinha verde deliciosa), apimentado (super!), o “da casa” e outros difíceis de decifrar.

Comi os 12 e os meus preferidos foram o de carne e o de alho. Duro foi me livrar do gostinho do tal alho japonês. Haja creme dental e enxaguante bucal! @_@

Só não gostei do apimentado, porque estava pra lá de apimentado, e achei que camarão não combinou muito. Vale lembrar que todos têm carne. Então imaginem carne e camarão juntos!

A porção custa 800 ienes (20 reais). Com arroz e sopa de gyoza (não deu vontade de experimentar não) custa 1.200 1.150 ienes (30 reais). Preços razoáveis para uma refeição simples no Japão.

Caro é o trem-bala. Só de ida, 4.600 ienes (115 reais). Mas há uma opção bem mais barata, e nem tão demorada: trem comum por 1.890 ienes (47 reais) e 2 horas de viagem.

Calculando os gastos de ida e volta, fica assim: 230 reais + 1 hora e 40 minutos de viagem ou 94 reais + 4 horas de viagem. Portanto, o trem-bala só vale a pena para quem tem pressa ou simplesmente quer experimentar o famoso Shinkansen (o trem-bala japonês).

Eu confesso que tinha pressa e saudade do Shinkansen. Que delícia! Que prático! Que confortável! Que lindo! Que rápido! E ainda é a cara do Japão!

Espero que todos vocês tenham o privilégio de um dia experimentá-lo, pois confesso que não boto fé no trem-bala brasileiro, se é que ele vai mesmo sair do papel!

Para quem quer conhecer melhor a “Cidade do Gyoza”, vale a pena conferir o vídeo (em inglês) acima. Não é meu, é um vídeo que encontrei no YouTube.

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