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Espero que entendam e que continuem com o Meu Japão (^_^)v
Obrigada!
Beijinhos para todos!
Tem boteco no Japão? Tem sim senhores!
Sujinho, baratinho e ainda com engradados de cerveja servindo de “pés” para as mesas improvisadas.
O charme é a localização: debaixo da linha de trem mais famosa do Japão, a Yamanote, que circula pelo centro de Tóquio.
Tomei um umeshu (o licor de ameixa japonesa, que vocês já sabem que eu adoro), comi uns petiscos gostosos, curti o vento refrescante (raro no verão), bati papo e saí de lá leve e sorridente!
Para quem pretende conferir com os próprios olhos, aí vai o local exato do boteco que se chama Tounansou (東南荘) e fica em Ueno: http://www.guidenet.jp/shop/242e/
Os japoneses são especialistas e apaixonados por shows de fogos de artifício. No verão, são tantos espetáculos, que perdemos as contas.
Acredito que cada cidade, talvez cada bairro de todo o Japão, tenha o seu tradicional festival Hanabi 花火, como são chamados estes shows por aqui.
Hana 花 significa flor, bi 火 neste caso é fogo ou brilho, daí “as flores de fogo ou flores que brilham” que iluminam o céu.
Realmente, é um belo espetáculo!
Mas eu confesso que não acho assim tão incrível, muito menos imperdível – 5 minutos são suficientes para mim, e aqui alguns shows duram 1 hora e meia ou mais! – e até evito falar isso aos meus amigos japoneses, para não ser deselegante nem chata.
Ainda não conheci um japonês que não seja louco por Hanabi ou que não tenha orgulho dessa especialidade nacional!
Um dos espetáculos mais famosos e disputados do país é o realizado no Rio Sumida, na capital japonesa. Soube que são 20 mil fogos!
O rio é lindo, a paisagem é linda e o espetáculo deve ser lindo, mas eu não tenho vontade de disputar espaço com mais de 1 milhão de pessoas que todo ano vão a esse festival. E fazem loucuras – como passar praticamente 24 horas marcando lugar – para conseguir uma vista legal.
Fiquei super satisfeita, no ano passado, quando vi um pedacinho do Hanabi do Rio Sumida da varanda do apartamento de amigos japoneses. Detalhe: sentadinha, fazendo (na verdade, apenas comendo) churrasco e tomando um delicioso umeshu, licor de ameixa japonesa.
Neste ano, fiquei ainda mais feliz porque vi outro Hanabi que está entre os mais famosos e disputados do país, de um ponto de vista muito melhor: no terraço do navio de 5 andares, que faz um cruzeiro pela Baía de Tóquio, durante o espetáculo.
Curti os belos fogos, mas o que me deixou babando e super, super feliz e realizada, foi o passeio pela Baía de Tóquio! Meu Deus, é nessa hora que a gente vê como ama Tóquio! E como essa cidade é linda e espetacular (^o^)/
A Rainbow Bridge, a ponte dos “dinossauros” (Tokyo Gate Bridge), a Torre de Tóquio, os prédios de Odaiba, o Aeroporto de Haneda e outros pontos da capital iluminados, vistos do terraço do navio, deixam os fogos no chinelo! Amei!
Este cruzeiro do Tokyo Wan Hanabi, como é chamado em japonês o Hanabi da Baía de Tóquio, está no meu Top 10 de passeios imperdíveis e inesquecíveis no Japão! Anotem aí ; )
Veja uma reportagem (não do cruzeiro, mas do Hanabi que eu vi), da TV brasileira local no vídeo abaixo:
Mas vale lembrar que não é fácil comprar ingresso, muito menos conseguir um lugarzinho no terraço do navio.
Dizem que os ingressos se esgotam em poucas horas, e até podem ser encontrados depois em sites de venda, porém, com o preço nas alturas: até 4 ou sei lá quantas vezes mais caro que o valor original.
Por sorte, uma amiga japonesa que tem contatos numa agência de turismo, conseguiu comprar de um desses “cambistas”, pelo dobro do preço (um pouco mais que o dobro, na verdade)! E segundo ela, isso foi um pechincha!
Em vez de 2.500 ienes (mais ou menos 64 reais), pagamos 6 mil ienes (153 reais). Na verdade, como estávamos de quimono, teríamos desconto de 1 mil ienes, e pagaríamos apenas 1.500 (cerca de 38 reais). Com cambista, não tem desconto, claro.
No final das contas, acabamos pagando o quádruplo então né m(_ _)m
Detalhe: o cruzeiro dura 1 hora e meia, e o ingresso inclui bebida à vontade (cerveja, refrigerantes etc) e tíquetes suficientes para comprar alguns petiscos.
No navio ainda tem DJs e apresentações de dança (de japonesinhas de quimono, bem menos interessantes que a baía! Haha…). No terraço, me senti numa balada, ao som de Katy Perry e companhia. Dava vontade de dançar, mas eu não queria parar de apreciar aquela vista belíssima!
E sabe como conseguimos o lugar mais privilegiado de todos no terraço? Chegando 4 horas e meia antes do embarque! Fomos uns dos primeiros da fila, e seguindo a tradição japonesa, estendemos uma lona no chão, abrimos um vinho (dois, na verdade), brindamos e ficando bebendo, comendo e batendo papo na fila até o navio atracar no New Takeshiba Píer.
Tem mais! Quando o embarque começou, entramos correndo o mais rápido que podíamos, como crianças, para escolher o melhor lugar do terraço! Hahaha… E conseguimos! Não é à toa que eu me divirto tanto com o Meu Japão!
A princípio, parecia exagero chegar tão cedo, mas quando vimos a fila crescendo, dando voltas e voltas e funcionários usando placas para indicar o final da fila, tivemos ideia da quantidade de gente!
Parêntese: não pesquisei sobre essa história de cambistas e preços. O que eu contei aqui é o que nós fizemos, quanto pagamos e o que nos contaram. Eu confio nas minhas fontes, mas se alguém tem algo a acrescentar ou corrigir, por favor, saiba que as informações serão muito bem-vindas (^_^)v
Vejam o site oficial do cruzeiro, em inglês: http://www.nouryousen.jp/english.html
FOTOS: uma é do meu celular; as demais são da câmera do meu amorzinho. Não fotografamos tanto, porque queríamos curtir o passeio, que foi no sábado passado, dia 11 de agosto :p
Quando fui a Onjuku/Chiba pela primeira vez, em 2006, pensei “um dia quero passar a noite aqui para aproveitar melhor esta praia deliciosa”.
Partindo da minha casa – naquela época em Tóquio, e agora em Kanagawa – são pelo menos 3 horas de viagem de trem (de carro não muda muito).
Portanto, ir e voltar no mesmo dia é muito cansativo e pouco produtivo!
Felizmente, o meu desejo foi realizado nesse final de semana.
Eu, o namorado e dois amigos chegamos a Onjuku por volta do meio-dia de sábado e deixamos a “cidade”, que mais parece uma vila, lá pelas 16h30 do domingo.
Levamos um susto com a pancada de chuva e o céu todo coberto de nuvens, mas logo depois nos sentimos aliviados e felizes: os dois dias estavam ensolarados e verdadeiramente quentes!
Não fossem as comidinhas orientais – nada de água de coco, acarajé e peixe frito (quem me dera!), eles comem lámen, yakisoba e coisas do tipo – e algumas pessoas exóticas, pra não dizer esquisitas, eu teria me sentido na Bahia, que eu tanto amo!
O mar estava agitado, provavelmente por causa da Lua Cheia e das pancadas de chuva (uma no sábado e outra no domingo), mas eu que adoro onda me diverti a doidado. Que delícia!
A praia de Onjuku é a minha preferida do Japão. Das poucas que conheci, foi a única pela qual eu me apaixonei.
Em Okinawa, uma espécie de Fernando de Noronha do Japão, não tive sorte, pois ou a água estava gelada demais, ou a “areia” era cheia de pedras e ruim pra pisar. Preciso voltar lá, um dia, e conto depois em outro post.
Gostei de Enoshima/Kanagawa, mas a areia preta atrapalha o clima de praia e verão. Também gostei de Hitachi/Ibaraki, mas não me apaixonei – só pelo polvo maravilhoso que comprei num mercado de peixe lá. Fecha parêntese.
Essa foi a minha terceira vez em Onjuku. A primeira foi de trem. A segunda de carro, quando passei pela fantástica ponte-túnel que tem cerca de 10 quilômetros dentro do mar.
Desta vez, fomos novamente de carro e a novidade foi usar uma balsa para chegar à província de Chiba. O caminho é um pouco mais longo, e optamos por ele apenas para fugir do congestionamento.
Para o motorista é ótimo porque ele pode descansar meia horinha, enquanto a balsa atravessa o mar. E todos podem apreciar a paisagem, e tomar um suquinho, um chazinho, um sorvete (como eu fiz) ou experimentar uma guloseima qualquer vendida lá.
Na volta, optamos pela Tokyo Wan Aqua-Line (ou Tokyo Bay Aqua-Line para nós estrangeiros) e adorei repetir o passeio de anos atrás. Desta vez, comemos na praça de alimentação, além de tirar as fotos clássicas de turistas.
A Aqua-Line é um ponto turístico, porque é uma obra incrível, típica da série do National Geographic. Os engenheiros devem babar por ela! Vejam o tamanho da máquina de perfuração usada para construir o túnel.
E pra quem não liga pra engenharia e arquitetura, as atrações são a bela vista do mar e da “skyline” de Tóquio, e as lojinhas e restaurantes da Umihotaru, pequena ilha artificial com um shopping-center de 5 andares construído no ponto onde acaba a ponte e começa o túnel ou vice-versa pra quem vem do outro lado :p
Detalhe: uma das pessoas exóticas, do meu ponto de vista, é esta japonesa loira, que andava pela praia com uma sombrinha branca e um penduricalho gigante em forma de rabo de coelho na bolsa.
Ou, para vocês, ela não é tão exótica assim?
Também tinha gente surfando, brincando com bola, boia, ouvindo música, fazendo batucada, e até campeonato de queda de braço. Pena que nas praias do Japão, às 17h todo mundo vai embora porque as barraquinhas fecham, os salva-vidas desaparecem e sei lá quem anuncia pelo alto-falante que não podemos mais entrar na água.
Isso eu já sabia e por isso nem me assustei ou aborreci. O que eu não esperava era descobrir que Onjuku vira uma cidade fantasma à noite e que não encontraríamos um barzinho sequer com mesinhas no calçadão, música e gente animada, como imaginávamos.
O jeito foi comer num family restaurant e voltar pra casa cedo : (
Quem quiser saber mais sobre Onjuku e a Aqua-Line pode visitar os sites “oficiais” e/ou relembrar os posts que escrevi aqui no blog Meu Japão : )
Eis os links:
Onjuku Beach (em inglês): http://en.wikipedia.org/wiki/Onjuku,_Chiba
De boia e salto alto na praia (aqui eu conto mais detalhes da praia): http://meujapao.blogspot.jp/2006/08/com-bia-e-sem-salto-alto.html
Tokyo Wan Aqua-Line (em japonês): http://www.umihotaru.com/
Você tem medo de ponte-túnel? http://meujapao.blogspot.jp/2007/08/voc-tem-medo-de-ponte-tnel.html
Karina Almeida, 36 anos, de Belo Horizonte (MG). Desde 2004 radicada no Japão. Leia mais